Esses dias conversando com minha tia ela me contou sobre um bilhete antigo que minha vó escreveu e ela encontrou sem querer, eu não lembro bem o que dizia, mas eu consegui visualizar perfeitamente minha vó falando aquilo. É incrível, mas é só alguém tocar no nome da dona Luzia que eu me arrepio da cabeça aos pés. Acho que a maioria dos netos tem apego pelos avós, mas a minha era diferente. Também tenho em casa diversos bilhetes, inclusive um lindo que eu não canso de ler em que ela dizia que eu parecia com ela, e de fato pareço.
Acredito que todas as pessoas que passam pela nossa vida têm sua importância, umas com mais intensidade outras com menos, mas se fizeram parte de alguma forma é por algum motivo. Queria muito ter o poder de decidir quem vai ficar na minha, e seu pudesse, eu juro, a dona Luzia ficaria pra sempre. Minha vó foi uma das mulheres mais fortes que já conheci e mesmo sofrendo (de fato sofrendo, pelos problemas de saúde que enfrentava) eu só consigo me lembrar dela sorrindo. Linda, sempre com palavras bonitas, mesmo que sua realidade não fosse assim.
A morte tem um gosto amargo pra mim, pra todo mundo na verdade, mas quem já perdeu muita gente sabe que é impossível apagar, e a perda acaba se tornando algo muito maior e pesado, e por mais que você tente, continua doendo. Não tenho nenhum problema em falar sobre esse assunto, tanto que estou escrevendo tudo isso, na verdade a minha necessidade maior é em não deixar que nada do que eles fizeram seja apagado, pelo menos em mim, e acreditem falar deles é bonito, embora doa a ausência, é lindo saber que sou privilegiada por ter passado momentos tão felizes com os principais responsáveis por quem eu sou.
A intenção desse texto não é ser triste, e sim lindo. Minhas boas lembranças de Aparecido (pai), Seu Mané (avô) e Dona Luzia (avó).
“Devia ser proibido
uma saudade tão má
de uma pessoa tão boa
falar, gritar, reclamar
se a nossa voz não ecoa
dizer não vou mais voltar
sumir pelo mundo afora
alguém com tudo pra dar
tirar o seu corpo fora
devia ser proibido
estar do lado de cá
enquanto a lembrança voa
reviver, ter que lembrar
e calar por mais que doa
chorar, não mais respirar (ar)
dizer adeus, ir embora...”
Alice Ruiz e Itamar Assumpção
A morte tem um gosto amargo pra mim, pra todo mundo na verdade, mas quem já perdeu muita gente sabe que é impossível apagar, e a perda acaba se tornando algo muito maior e pesado, e por mais que você tente, continua doendo. Não tenho nenhum problema em falar sobre esse assunto, tanto que estou escrevendo tudo isso, na verdade a minha necessidade maior é em não deixar que nada do que eles fizeram seja apagado, pelo menos em mim, e acreditem falar deles é bonito, embora doa a ausência, é lindo saber que sou privilegiada por ter passado momentos tão felizes com os principais responsáveis por quem eu sou.
A intenção desse texto não é ser triste, e sim lindo. Minhas boas lembranças de Aparecido (pai), Seu Mané (avô) e Dona Luzia (avó).
“Devia ser proibido
uma saudade tão má
de uma pessoa tão boa
falar, gritar, reclamar
se a nossa voz não ecoa
dizer não vou mais voltar
sumir pelo mundo afora
alguém com tudo pra dar
tirar o seu corpo fora
devia ser proibido
estar do lado de cá
enquanto a lembrança voa
reviver, ter que lembrar
e calar por mais que doa
chorar, não mais respirar (ar)
dizer adeus, ir embora...”
Alice Ruiz e Itamar Assumpção
5 comentários:
Um dia veremos o rosto resplandescente de alegria dessas pessoas queridas ao saberem que elas deixaram marcas inapagáveis em nosso ser!
É verdade Bazinha, ainda bem que temos essa certeza... acho que os acontecimentos desses últimos dias me fizeram pensar neles, lendo jornal todo dia é impossível não se envolver... Beijo linda... saudade!
Lindo teu texto... me fez lembrar coisas de minha vida... me emocionei...
Lindo blog...
Abraço
Sem o dom de escrever com tanta beleza, posso apenas dizer: Tradução de tudo que eu sinto!
"Saudade é bom quando diz(traduz) de verdade aquilo que a gente sente..."
As coisas são sempre lindas por aqui! (:
;*
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