Não existe uma borracha para os dias. Desenhamos nossa
história com caneta, no máximo, uma bic quatro cores - o que já foi escrito não
pode ser apagado. Revivemos com carinho as boas lembranças, mas aquilo que
incomoda, geralmente, tende a ser ignorado. Nosso emocional finge não haver
nada ali, mas o racional cedo ou tarde aparece pra cobrar uma posição. Pra
reivindicar cada coisa em seu devido lugar.
Na ausência do famoso “branquinho” pra vida, somos obrigados
a conviver em harmonia com situações, lembranças, características. Passamos os
dias tentando nos equilibrar na linha que separa o “feliz” do “podia ter dormido
sem essa”. O “na mosca” do “teeeente outra vez”.
Até aí, tudo certo. Fica tudo lindo quando os sentimentos se
apresentam nítidos diante dos nossos olhos, cada um exatamente no seu lugar.
Difícil mesmo é quando aparecem os que não se encaixam. Aqueles que ainda não
conseguimos acomodar dentro da gente.
Todo mundo (sem exceção) algum dia, de alguma forma,
precisou aprender a digerir algo que não sabia como. É um exercício complicado,
mas essencial para o bem geral da nação. Da razão ao coração.
Fernanda Gaona
Ilustração: Eiko Ojala
Um comentário:
Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.
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